A expressão “de tirar o fôlego” é usada quando queremos descrever um estado de admiração ou surpresa, já no âmbito da saúde por exemplo a falta de ar é um sintoma considerado altamente angustiante e assustador.
A falta de ar é um dos sintomas mais comuns de insuficiência cardíaca (IC). Nos estágios iniciais da doença, muitas pessoas se sentem sem fôlego após exercícios ou quando realizam atividades mais cansativas, como jogar bola.
O que é Insuficiência Cardíaca?
A função do coração é bombear sangue, e essa tarefa acontece em duas etapas simultâneas: o coração bombeia sangue para as artérias e depois ele drena sangue das veias. Quando esse mecanismo funciona de forma incorreta surge a insuficiência cardíaca.
A falta de ar é causada pela acumulação de líquido e congestão nos pulmões. Os pulmões “molhados” não conseguem trocar facilmente o oxigênio.
Nas fases iniciais da insuficiência cardíaca, provavelmente o paciente só irá sentir falta de ar após a prática de exercício físico, mas se a insuficiência cardíaca evoluir, poderá sentir falta de ar também em repouso.
Esse mau funcionamento leva à redução do fluxo sanguíneo para o corpo, além do acúmulo do sangue que regressa ao coração, congestionando as veias. Assim, o coração vai enfraquecendo, até que se torna incapaz de bombear sangue suficiente para as necessidades metabólicas do organismo.
O coração e o pulmão na insuficiência cardíaca
Como acontece com a maioria dos sintomas vivenciados por quem tem insuficiência cardíaca, a falta de ar é também uma consequência do coração se tornar menos eficiente em bombear o sangue pelo organismo com o passar do tempo.
Mais especificamente, isso ocorre quando os músculos cardíacos ficam enfraquecidos e perdem a capacidade de acompanhar o fluxo de sangue entrando e saindo do coração. Isso pode fazer com que o sangue extravase para o pulmão e outras regiões do corpo, causando congestão.
Saiba como reconhecer os sintomas
Existem os sintomas mais comuns e os sintomas menos comuns eles podem aparecer de forma repentina ou evoluir ao longo do tempo. Os principais são a falta de ar e o cansaço ao fazer esforço, mas podem ocorrer também as seguintes manifestações:
- Palpitações
- Retenção de líquidos (inchaço nas pernas e tornozelos, com piora no período da tarde)
- Ganho de peso por inchaço
- Dificuldade de respirar na posição deitada (ortopneia) que melhora quando se senta
- Tosse persistente que pode aumentar durante a noite
- Inchaço no abdômen
- Perda do apetite
- Perda de peso
- Confusão
- Vertigem e desmaio
- Coração acelerado
- Depressão e ansiedade (decorrentes dos transtornos emocionais relacionados à gravidade da doença)
Reconheça os estágios da doença
A Insuficiência Cardíaca tem alguns estágios, é importante que o paciente entenda em qual estágio ele está e procure um especialista o quanto antes
Estágio A: A pessoa tem fator de risco para a IC, mas ainda não tem a doença. Nesses casos, o foco é manter a vigilância e tratar o fator de risco, que pode ser ter colesterol alto, ser hipertenso
Estágio B: O paciente tem doença de forma estrutural: O coração está dilatado ou mais fraco, porém a doença ainda não se manifestou disfunção, recomenda-se terapia precoce. Isso evita que o órgão dilate, contém a queda progressiva de sua função
Estágio C: O paciente já tem a doença e apresenta sintomas
Estágio D: O paciente não respondeu aos tratamentos medicamentosos e é preciso ter alternativas como por exemplo o transplante ou práticas terapêuticas mais avançadas como cirurgia para correções específicas
Tratamento, como é feito?
O tratamento para Insuficiência Cardíaca é feito de forma medicamentosa porém quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de melhora na qualidade de vida do paciente. O uso de medicamentos, mudanças na dieta com redução de consumos de sódio e líquidos ou cirurgia e transplante em alguns casos mais raros.